Deitado na cama e abraçado a uma foto da Rosa estava o Valério. Na sua escrivaninha havia vários papéis e um vidro de veneno que ele havia utilizado para pôr um fim a sua vida. Com os olhos lânguidos, as pernas trêmulas e o coração estraçalhado ficou o Conde, paralisado diante daquela cena, que mais parecia uma pintura que ninguém desejava pintar: O Filho Morto. Por um momento, o Conde lembrou-se dos bons momentos que passara ao lado do filho até que a realidade lhe veio à tona: seu filho já não vivia. Com voz amargurada e com a mesma frieza de sempre, ele disse para o Bertolino:
- Bertolino! Retorne à igreja e avise ao padre que não haverá mais casamento!Dito isto, o pau-mandado tratou de desfazer o futuro casório, anunciando a tragédia que acontecera na chácara.
Uma fina corrente de vento invadiu o quarto. Os papéis espalharam-se no ar e sobre o corpo do Valério caiu um no qual estava escrito: “Carta de Adeus”. O Conde, que chorava ao lado do filho, pegou o papel, retirou os seus óculos de leitura banhados a ouro e leu as letras impecáveis do seu filho. Na carta estavam as seguintes palavras:
Carta de Adeus
O amor é sublime, é contagiante,
O amor é doce como mel
E puro como os anjos.
Mas o amor também fere,
Ele destrói o interior,
Nos faz chorar,
Nos torna impensantes...
Meu amor, que não me amou,
Disse-me adeus,
Entre beijos disse-me adeus,
Entre suspiros românticos me fez sofrer,
Meu amor... Por que...
Se a vida me deu essa cruz,
Se o meu amor já é paixão,
E se nunca ela me amou,
Prefiro, eu, deixar essa vida medíocre,
E me entregar nos braços do destino.
O amor... Somente o amor me faz morrer.
O amor é sublime, é contagiante,
O amor é doce como mel
E puro como os anjos.
Mas o amor também fere,
Ele destrói o interior,
Nos faz chorar,
Nos torna impensantes...
Meu amor, que não me amou,
Disse-me adeus,
Entre beijos disse-me adeus,
Entre suspiros românticos me fez sofrer,
Meu amor... Por que...
Se a vida me deu essa cruz,
Se o meu amor já é paixão,
E se nunca ela me amou,
Prefiro, eu, deixar essa vida medíocre,
E me entregar nos braços do destino.
O amor... Somente o amor me faz morrer.
- Ela o matou... dizia o Conde... Ela levou meu filho!
Com um tiro, o Conde Peixoto disse adeus para esta vida.
Capítulo 03 - Tragédia -------------- Capítulo 05 - Jovem Lenda
Poxa velho,que tragédia!!! Dois mortos em um capítulo é triste....E essa carta, muito em escrita. Vou ler os próximos! ABRAÇOS!
ResponderExcluirwww.laerte-lopes.blogspot.com
Foi necessária a morte deles
ResponderExcluirpara que a "Jovem Lenda" existisse..
Mas isso só no próximo capítulo.
Valeu, amigo!
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