Capítulo 06 - Impressão Digital

Tentei não cair na mesmice da maioria dos romances em descrever minuciosamente os personagens. Porém, nos parágrafos que seguem há uma rápida apresentação da família Fontinelli.

Rosa mora na Rua do Sossego, não é uma das mais ricas de Sítio Novo nem uma das mais pobres, sua casa tem uma fachada bonita com cores da moda: azul com detalhes brancos. Ela mora com o seu pai, o Joaquim Santos Fontinelli (sobrenome herdado de algum antepassado), sua mãe, a Lurdes; seus irmãos, Felipe e Manuel; e não se pode esquecer da Zizi, empregada da casa.
Joaquim é um senhor que usa calças de linho e camisas de algodão, tem um grande bigode que para ele significa honra e respeito, ele é um comerciante, vende materiais importados pelas ruas da sede do município acompanhado do seu recém comprado Fusca.
Lurdes está sempre atenta aos afazeres domésticos, só tira o seu avental na hora de dormir. Ela está sempre usando vestidos rodados de chita e dando atenção ao seu filho Felipe, de cinco anos.
Manuel... Este você conhecerá aos poucos.
Rosa? Bem, Rosa agora tem vinte e três anos e... Há algo mais importante a ser contado. Em 1987, quando Rosa tinha cinco anos, uma tragédia lhe ocorreu. Sua mãe foi acometida de uma tuberculose crônica, a qual a levou à sepultura. Para Rosa só lhe restou uma tia em Salvador e seus padrinhos, ali mesmo em Sítio Novo, com os quais ela passou a morar e herdou o sobrenome.
Sítio Novo e Catu. Estes dois nomes se farão constante em algumas páginas.
Catu é um município da Bahia e Sítio Novo é um de seus distritos. Ele fica nas proximidades da zona rural de Catu e seu traço marcante é a vida pacata típica do interior e a presença da agitada Rosa.
Na sede do município (como se fosse a capital da cidade) é onde ficam a prefeitura, a Igreja matriz e todo o comércio.

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