Seja Bem-Vindo

A CADA DIA UM NOVO CAPÍTULO!

Esta é uma obra fechada, escrita no ano de 2004, aos meus 17 anos, e vai até o capítulo 95. Eles serão disponibilizados aos poucos.
Aos leitores que já estavam no capítulo 51, peço paciência. Em breve o romance estará totalmente disponível.

Capítulo 17 - Amor

Enquanto pedalavam a caminho de casa, Rosa lembrava do que ocorreu com o Arnaldo:
- O Arnaldo vai passar uma senhora vergonha andando nu pela cidade.
- Vai sim.
Por um momento o silêncio pairou, mas logo o Manuel tratou de lembrar o acordo feito para que o plano fosse colocado em prática.
- Você lembra o que me prometeu?
- Lembrei agora que você me falou. E então? O que vai querer em troca da ajuda que me deu?
- Eu andei pensando e acho que um beijo pagaria.
- Isso é simples. É só virar a bochecha.
- Eu queria um beijo teu na boca. - disse-lhe Manuel meio sem jeito.
- A reação de Rosa foi uma só: frear imediatamente a bicicleta.
- Você ta ficando um homenzinho muito do atrevido! Nem morta que eu vou te beijar na boca!
- Mas não foi você mesma quem disse que eu podia escolher qualquer coisa?
Eles voltam a pedalar.
- Disse qualquer, mas não é bem qualquer coisa. Eu sou tua irmã e onde já se viu irmãos andarem se beijando por aí na boca, filho de Deus?
- Nem prima você é minha quanto mais irmã.
- Desista, Manuel, beijar eu não beijo!
*
Rosa estava penteando os cabelos em frente a um espelho no quarto da dona Lurdes quando o Manuel apareceu na porta.
- Desculpe-me pelo que fiz. Eu sou mesmo um idiota que não sabe separar as coisas. Afinal de contas você é mesmo minha irmã.
- Não precisa se desculpar, Manuel. Acho que eu consigo entender você.
- Então seu coração também...
- Também. - ela o interrompe - Mas isso não está certo! Nós precisamos desobedecer nosso coração!
- Amar não é um erro, Rosa! Enganar-se para a vida que é um erro grave!
- Então vamos errar juntos!
- Se você prefere não enxergar a verdade. - ele aproxima-se de Rosa - Eu só quero te pedir uma coisa.
- Então peça.
- Quero que o meu primeiro beijo seja com você.
- Mas, Manuel...
- Não diga mais nada. Agora você já é minha.
Olhos nos olhos, o começo do primeiro beijo do Manuel.
Pregado na parede estava um quadro com o retrato da família: o pai, a mãe e os três irmãos. Em cima de um criado-mudo, ao lado da cama, estava um rádio que embalava a o romance dos dois jovens. O locutor anunciou uma música que estava fazendo grande sucesso naquela época, “Amor sem limites” do rei Roberto Carlos. Realmente o amor pode não ter limites, mas tem várias consequências, cada uma ao seu tempo. Você vai entender o que digo mais adiante.


3 comentários:

  1. Eita, que coisa mais profunda, hehehe. Muito bom o capítulo! Espero que dê certo o romance deles. Abraços Romisson!


    www.laerte-lopes.blogspot.com

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  2. A profundidade dessa história só está começando rsrs. Muita coisa vem por aí...

    Valeu pelos sempre bons comentários!

    www.laerte-lopes.blogspot.com

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  3. Passando pra deixar meu comentário: e meu comentário é: ainda tenho que ler!!!!!!
    Este é o capítulo 17 e eu ainda nem comecei o capítulo 1. Mas desde já parabenizo pela iniciativa de escrever. "O ato (escrever) me atrai, distrai e concentra" by Ramon Nonato - trecho do livro "Tijolos e Cimento"

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